Adiamento da prova do Enem preocupa estudantes |
O adiamento do Enem pegou de surpresa mais de quatro milhões de estudantes. Os alunos estão preocupados com a nova data da prova, porque muitas universidades começam o processo seletivo em novembro, quando deverá ser a nova prova.
Fórmulas de matemática, ligações químicas e conceitos de biologia estão espalhados pelo apartamento onde Fernanda Carbonieri e Waleska Augustini se preparam para o vestibular de medicina.
Na quinta-feira (1), o fim de semana do Enem foi riscado do mapa. O adiamento surpreendeu as amigas, que reagiram de forma diferente.
Fernanda Garbonieri já tinha passagem comprada para o local da prova, na cidade de Assis, a 400 quilômetros de São Paulo, e ficou contrariada. “Eu me programei o ano todo para esse dia. Então, não ter a prova é complicado”, diz.
Waleska comemorou. Ela acha que tem chance de mudar o local da prova.“Está a duas horas daqui, e eu não tenho carro. Então, estou sozinha e eu não conheço nada. Tenho medo de um lugar que eu nunca vi”, confessa.
Em todo o Brasil, quatro milhões de estudantes deveriam fazer o Enem. Esses mesmos alunos estão preocupados com a remarcação da data da prova. O medo é que ela coincida com o calendário dos principais vestibulares do país, que tem início no mês que vem.
“Se for daqui 45 dias, vai pegar a prova da fase da Fuvest, Unicamp, Unesp. Assim, vai ficar difícil para mim”, diz o estudante Mateo Lee, de São Paulo.
Para o estudante Rafael Dantas, que mora em Salvador, a nova data significa um desgaste a mais. “Vai juntar prova do Enem com vestibular. É um tempo de estudo a mais. É uma prova a mais. Ou seja, como se não bastasse fazer o vestibular, além de ficar corrido, você acumula o estudo”, reclama.
Luciano Ribeiro Cavalcante, de Aracaju, que ia fazer vestibular para medicina em Sergipe e na Paraíba, diz que agora as chances de entrar na faculdade podem ser reduzidas. "Provavelmente, farei o Enem, deixando a faculdade da Paraíba de lado", diz.
Indignados, estudantes fizeram um apitaço nas ruas do Rio de Janeiro. “Isso é um absurdo. As pessoas se prepararem e estudarem, e uma prova desse porte ser fraudada”, critica uma jovem.
Teve reclamação dos alunos também em Porto Alegre. “Está todo mundo ansioso, e todos querem se livrar de uma vez para saber os resultados”, afirma o estudante Antonio José Duarte.
“A gente acaba ficando um pouco desconfiado pela coisa ruim que aconteceu. Ninguém sabe como a coisa foi vazada. Então, perde um pouco da credibilidade”, diz Luciana Marques.
A Universidade de São Paulo (USP) informou que ainda vai avaliar se será possível usar a nota do Enem na classificação dos candidatos será possível este ano. A Unicamp, em Campinas, já disse que só vai usar a nota se recebê-la até 30 de novembro. E a fundação Funesp, que organiza diversos concursos públicos e o vestibular da Unesp, explicou que precisa receber o resultado do Enem até 15 de janeiro para conseguir usá-lo.
Como a nova prova do Enem só deve ser realizada em 45 dias, ou seja, em meados de novembro, muitas universidades não vão mais usar a nota do Enem na classificação. O prejuízo não é só financeiro.
Fórmulas de matemática, ligações químicas e conceitos de biologia estão espalhados pelo apartamento onde Fernanda Carbonieri e Waleska Augustini se preparam para o vestibular de medicina.
Na quinta-feira (1), o fim de semana do Enem foi riscado do mapa. O adiamento surpreendeu as amigas, que reagiram de forma diferente.
Fernanda Garbonieri já tinha passagem comprada para o local da prova, na cidade de Assis, a 400 quilômetros de São Paulo, e ficou contrariada. “Eu me programei o ano todo para esse dia. Então, não ter a prova é complicado”, diz.
Waleska comemorou. Ela acha que tem chance de mudar o local da prova.“Está a duas horas daqui, e eu não tenho carro. Então, estou sozinha e eu não conheço nada. Tenho medo de um lugar que eu nunca vi”, confessa.
Em todo o Brasil, quatro milhões de estudantes deveriam fazer o Enem. Esses mesmos alunos estão preocupados com a remarcação da data da prova. O medo é que ela coincida com o calendário dos principais vestibulares do país, que tem início no mês que vem.
“Se for daqui 45 dias, vai pegar a prova da fase da Fuvest, Unicamp, Unesp. Assim, vai ficar difícil para mim”, diz o estudante Mateo Lee, de São Paulo.
Para o estudante Rafael Dantas, que mora em Salvador, a nova data significa um desgaste a mais. “Vai juntar prova do Enem com vestibular. É um tempo de estudo a mais. É uma prova a mais. Ou seja, como se não bastasse fazer o vestibular, além de ficar corrido, você acumula o estudo”, reclama.
Luciano Ribeiro Cavalcante, de Aracaju, que ia fazer vestibular para medicina em Sergipe e na Paraíba, diz que agora as chances de entrar na faculdade podem ser reduzidas. "Provavelmente, farei o Enem, deixando a faculdade da Paraíba de lado", diz.
Indignados, estudantes fizeram um apitaço nas ruas do Rio de Janeiro. “Isso é um absurdo. As pessoas se prepararem e estudarem, e uma prova desse porte ser fraudada”, critica uma jovem.
Teve reclamação dos alunos também em Porto Alegre. “Está todo mundo ansioso, e todos querem se livrar de uma vez para saber os resultados”, afirma o estudante Antonio José Duarte.
“A gente acaba ficando um pouco desconfiado pela coisa ruim que aconteceu. Ninguém sabe como a coisa foi vazada. Então, perde um pouco da credibilidade”, diz Luciana Marques.
A Universidade de São Paulo (USP) informou que ainda vai avaliar se será possível usar a nota do Enem na classificação dos candidatos será possível este ano. A Unicamp, em Campinas, já disse que só vai usar a nota se recebê-la até 30 de novembro. E a fundação Funesp, que organiza diversos concursos públicos e o vestibular da Unesp, explicou que precisa receber o resultado do Enem até 15 de janeiro para conseguir usá-lo.
Como a nova prova do Enem só deve ser realizada em 45 dias, ou seja, em meados de novembro, muitas universidades não vão mais usar a nota do Enem na classificação. O prejuízo não é só financeiro.
Fonte: G1 - Bom Dia Brasil
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