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Câmeras registram roubo da prova do Enem

Segundo a Polícia Federal, Felipe Pradella, o mentor do roubo das provas do Enem, não teve dificuldade alguma pra agir.



A Polícia Federal encerrou o inquérito sobre o roubo das provas do Exame Nacional do Ensino Médio com cinco pessoas indiciadas e com orientações para que o Ministério da Educação corrija a segurança no próximo Enem.

A polícia também apresentou imagens de uma câmera de vigilância que teria registrado o momento em que as provas foram roubadas.

Segundo a Polícia Federal, Felipe Pradella, o mentor do roubo das provas do Enem, não teve dificuldade alguma pra agir.

De acordo com a investigação, ele aparece pegando a prova. Pouco depois entrega o material para um comparsa, Marcelo Sena, que coloca a prova na blusa. Em seguida os dois saem em direção a um depósito.

Em minutos, todos deixam a gráfica com o material na mão e sem levantar nenhuma suspeita. Na véspera já tinha ocorrido um primeiro roubo, mas esse não foi flagrado pelas câmeras.

A investigação mostrou que Felipe Pradela pediu a Felipe Ribeiro, colega de trabalho, que levasse o caderno um da prova. O que foi feito, segundo os indiciados, sem qualquer dificuldade.

As investigações mostram que de posse dos dois cadernos, Felipe Pradela entrou em contato com o DJ Gregory Camilo, amigo de infância. Gregory conhecia o publicitário, Luciano Rodriguez, dono de uma pizzaria e poderia facilitar a aproximação com jornalistas.

A investigação também deixou claro que ninguém tinha uma função específica no consórcio Conassel. Segurança atuava como empacotador, empacotador agia como segurança. Segundo a Polícia Federal, essa fragilidade toda foi fundamental para que as provas fossem roubadas tão facilmente.

“Com relação à fragilidade do sistema de segurança, isso vai ser destacado no relatório do inquérito policial e será feito um documento pra direção geral, o qual servirá de subsídio para em contatos com Ministério de Educação, nos próximos concursos aprimorarem o sistema de segurança da impressão e distribuição das provas”, disse o delegado Marcelo Sabagin.

Segundo a Polícia Federal, as provas foram retiradas da gráfica dentro das cuecas dos suspeitos. A direção do consórcio responsável pela primeira prova do Enem não comentou a conclusão do inquérito policial.




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